Covilhã

O movimento Refood nasceu em Lisboa e é hoje uma realidade em todo o país e até no estrangeiro. Na Covilhã, a reunião sementeira realizou-se a 23 de maio de 2014. A inauguração oficial do Centro de Operações aconteceu no dia 06 de junho de 2015, sendo o 20º núcleo a abrir a nível nacional e o 1º da Beira Interior. A 8 de junho de 2015 realizaram-se as primeiras Recolhas e estas foram as primeiras de muitas este foi o primeiro de muitos para as várias equipas de voluntários que diariamente entregam aquilo que há de mais valioso: tempo, dedicação e amizade! Na Covilhã somos apenas mais “uma gota no oceano” de um trabalho 100% voluntário que está longe de ter um fim. Em 2019, a cedência de um novo espaço, maior, com melhores condições para beneficiários e voluntários, por parte da Câmara Municipal da Covilhã, renovou a nossa esperança em continuar a fazer parte da mudança, servindo mais e melhor a nossa comunidade. Mas o movimento Refood vai muito além da nossa missão de combate ao desperdício alimentar. São sorrisos e tristezas, são dificuldades e conquistas diárias, são diferenças e semelhanças numa “família” que partilha um enorme espírito solidário. São pessoas, são gestos e palavras que nos alimentam a alma e nos fazem acreditar que sim, é possível mudar o mundo. Como as da senhora que se viu obrigada a recorrer à ajuda da Refood e recorda “o encorajamento, positivismo e amizade” dos voluntários que diariamente encontrava e que quando, felizmente,

a vida pessoal e financeira melhorou nos escreveu para agradecer tudo o que fizeram por ela e pela filha. Ou aquele sorriso que rasga a pele envelhecida pela dureza dos dias ao receber simbólicos presentes de Natal para os mais novos, acompanhado por um tímido “vocês são uns anjos” que nos deixa um brilho nos olhos. Do Movimento Refood fazem parte também os parceiros, incansáveis, que nos doam os seus excedentes alimentares todos os dias e nos perdoam os percalços de um projeto que se move apenas da boa vontade. Ou o restaurante que num dia sem excedentes decide confecionar uma boa dose de sopa para “não falhar” a ajuda a ninguém. Ou ainda o reconhecimento de particulares e instituições que estão sempre lá quando mais precisamos. Porque é preciso pagar a água, a luz, o detergente, os sacos ou as luvas. Porque é preciso mais um frigorífico ou uma nova máquina de lavar. E há sempre uma iniciativa solidária, uma angariação de fundos, um donativo que chega na hora H. Sim, o movimento Refood é muito mais que simples números. São pessoas. São os voluntários. O “sangue” que permite que esta “máquina” nunca pare. Sem eles nada disto seria possível. É o Miguel, a Maria, a Dulce, o João, a Rita, o Fernando, a Marta e tantos outros que estiveram e estão envolvidos nesta causa. Alguns desde o primeiro dia. No terreno ou em funções de gestão, dando 2 ou mais horas do seu tempo, sem pedir nada em troca, todos nós ganhamos. E tu? De que estás à espera?